O uso da espátula quente pode por em causa os critérios pelos quais o serviço se rege.

 

Como conservador restaurador e conhecedor da ética profissional, deve-se respeitar a historicidade do documento, tendo em conta o tipo de material e a compatibilidade dos materiais e práticas a desenvolver durante o seu tratamento. 

 

Como se sabe, as fibras do papel são sensíveis a variações de temperaturas, quando sujeitas a temperaturas elevadas estas correm o risco de se quebrar, danificando o papel. Assim sendo, é certo que o uso da espátula quente em documentos gráficos não é a prática mais adequada para estabilizar as suas deformações.

 

No entanto, este projeto consiste na "planificação" e estabilização de documentação, de modo a disponibilizar o maior número de documentação possível para digitalização, uma vez que se trata de um fundo bastante consultado (Paroquiais - PRQ´s). 

 

É devido ao descuido por parte dos que consultam a documentação que este fundo se encontra degradado, tendo sido detetado faltas de fólios, de partes de fólios, e inclusive troca de fólios e de fragmentos entre paroquiais.

 

Dado o mau estado de conservação dos documentos não é possível digitá-los sem passarem por este procedimento, mesmo conscientes que este não é o método mais adequado, este é o que garante uma maior eficácia em menor tempo. Quanto mais documentos forem digitalizados, maior é a quantidade de documentos que são salvaguardados do mau manuseamento dos leitores.